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11.9.10

oh crap

Vida? A vida é esquisita. A minha é, pelo menos.






You would look a little better
Don't you know
If you just wore less make-up
But it's hard to realise
When you're sky high
Fighting off the spaceships

And so you're drinking in your room
To make it all go
It didn't end too soon
You've got the next one
You're holding on too long
You've got to let go
Your other love is gone
And you know

It's too late
It's too late
You've got another one coming
And it's going to be the same


I tried to find a quiet place that we could go
To help you make decisions
But I didn't find it easy to tell them apart
With double vision

And so you're drinking in your room
To make it all go
It didn't end too soon
You've got the next one
You're holding on too long
You've got to let go
Your other love is gone
And you know

It's not the same
It's not the same
It's not the same
You're going to tell me that I'm right
You're going to come back down
And find yourself
Where you are again

You didn't know
You didn't know
You didn't know
So don't pretend you saw it now
It's not something you'd want to happen
Now you know who you are again



Por isso vou-me deixando andar, ouço cantarolares de vidas desfeitas à medida que cantarolo a minha própria. E espero que as notas futuras sejam menos melodiosas, se isso significar que têm letras mais sentidas.

19.7.10

Horóscopo da Semana

"O Carro marca uma conjuntura de progressos que, contudo, implicarão muito esforço. (...) No plano material, não fique de braços cruzados à espera que as coisas aconteçam."


Detesto quando me parece que o Horóscopo tem razão.

26.5.10

O Sonho do Cabeceta

isto acaba de sair de uma noite de estudo imensamente disperso. ainda não decidi se lhe vou dar futuro ou fim


Ah, homem, nó cego de cristal com medo de se riscar.
Ah, estátua de marfim com medo de se rasgar.
Ah, vinho de Midas com medo de evaporar.
Ah, medo, perdão, homem...

Um cavaleiro sem cabeça cavalga um cavalo sem patas. Ninguém, repito, ninguém vive sem cabeça. Quanto a cavalos não sei, este cavalga sem patas.
Mas a Morte não passou pelo cavaleiro sem cabeça; na verdade, evita-o a todo o custo nas suas viagens rotineiras, evita cruzar-se com ele, evita a sua visão longínqua e o seu odor a viscoso. Quanto ao cavaleiro, esse, está riscado, nos bordos do pescoço pálido de marfim, rasgados por alguns centos de fábulas; notam-se crostas de sangue nojento e coagulado onde se acumularam poeiras dos séculos passados num nomadismo em nada boémio. Por dentro, salta à vista o cheiro nauseabundo da carne esverdeada do seu pescoço muscularmente decepado. A sua montada estropiada mostra uma pelagem salpicada por manchas, minto, crostas de sangue e imundície vertidas pelo tão querido e literalmente desmiolado amo.

Ah, mas que faz este cabeceta riscando as páginas deste caderno?

Habita meus pesadelos colado a mim, em meus sonhos fazendo-se notar apenas ao longe. O sem-cabeça, sem a qual não se pode viver, garantiram-me!, continua a aparecer onde antes eu via uma casa, onde estava um limoeiro, onde em tempos esteve um amigo. Surte nos figurantes do meu subconsciente um pânico irreal, induzindo-lhes instantaneamente a queda maçãnica da gravidade, um tombo que os verte nos degraus superiores da existência. Isola-me, sem cenários nem iluminações no único local onde não sei entrar nem sair, evapora qualquer guião, e empurra-me para o chão. O sem-cabeça e seu potro amareloso atropelam-me, pisoteiam-me, cospem-me e babam-me e despenteiam-me. Dá cabo de mim, que grande desafio que esse é. Faz-me chorar sonhos arquivados de quando os coleccionava como cromos. Vai cantando, como não sei. Cânticos de um guerreiro sem rumo e sem preço, um tão longo que se esfumou e outro tão elevado quanto uma cabeça o pode ser. Brinca ao berlinde como o miúdo que é, miúdo em tamanho grande, berlindes em tamanho grande. Berlindes? Cabeças. De inimigos quedos, vítimas inocentes, eu sei lá, e ele não deve saber também. Volta-se de lado mas sei que me olha. Reúno todas as forças do meu corpo, do meu sonho, para suster aquele olhar sem olhos, e não fujo, até porque não há cenário neste sono, ele atmosferizou tudo, e tudo caiou de preto, um preto tão preto que nem preto é: é morte, cor de morte. Mas a Morte não cavalga junto do cavalo tetraperneta. Não, não é morte este sonho. Este sonho é a sua ausência, sua negação. Ausência de sonho, tortura da mente. É a cor do fundo, do chão, do céu, das nuvens, se as houver. O cabeceta atira para mim um dos seus macabros berlindes, que apanho, ficando a fitar uma nuca no meu regaço. Viro-a. Acordo num grito seco. Não há olhos fitando os meus. Há um momento atrás havia, há um momento atrás fitava meu próprio esgar de decepado.

25-05-2010

24.5.10


Há dias em que valia mesmo a pena parar para dormir uma siesta .

17.5.10





Os Arcade Fire desejaram-me boa sorte para os exames. Crentes...