"Há sete anos que não podia andar livremente pelas ruas de Rangum. Nem sair de casa, ou receber visitas. Não tinha telefone nem Internet. Ainda assim, Aung San Suu Kyi não deixou de ser o rosto mais conhecido da resistência birmanesa. Não foi por acaso que só ficou em liberdade uma semana depois das primeiras eleições em 20 anos.
Aung San Suu Kyi avisou: o isolamento chegou mesmo ao fim e vai comunicar com jovens de todo o mundo através do Twitter. A Nobel da Paz passou 15 dos últimos 21 anos detida e as redes sociais não faziam parte das suas rotinas porque praticamente qualquer contacto com o exterior lhe estava negado.
Sabe-se que durante este tempo acordava às quatro da manhã para rezar, às vezes durante horas, e que depois ligava os seus cinco rádios, a única ponte com o mundo. De resto, lia em birmanês e inglês livros de filosofia, biografias, romances. Melhorou o seu francês e japonês. Tocava Bach no piano. "
in Público on-line
ontem falava-se de já ter velhice ao ponto de poder dizer "há quinze anos eu fiz...". Esta senhora passou quinze presa. Credo.
13.11.10
18.10.10
Diálogo
-
Ainda há magia no ar?
Não, já nada puxa as folhas ao chão do Outono, já nada filtra a luz do Sol Nascente, já nada abre os ovos aos girinos no pântano.
-
Por aqui caem as nuvens, sobre ti e sobre mim. Um dia matar-te-ão como a mim já o fizeram, um dia chorar-te-ão como a mim tão poucos o fazem.
-
Já perdi a conta aos sabores que conheço e já não distingo os agradáveis dos odores. Pelo tacto já passou tanto que já pouca ou nenhuma diferença faz. A chuva vem consolar-me, esfregar-se em meu ombro, apagar o rubor das bochechas: vem tentar o que o Sol não consegue e o Vento nem tenta, mas vem desmaterializar-se a cada instante em que creio e julgo finalmente tê-la.
-
Magia no ar? Há, há sim. Empurrarei cada folha, pintarei de Outono cada estrada, darei um nome a cada sapo que fizer nascer. A ti continuará a chover-te em cima. Sou eu, eu a estar contigo, húmidos como deveríamos estar, chafurdando em parvoíces. Eu vou-te diluir o sal das lágrimas e lavar a mente da dor da sinapse.
Labuta diária, peso nas mãos, vento na cara, tufão à frente. Tempestade, árvores, folhas, nuvens, gatos vadios a bufar para o ar. E eu sinto a água na cara, vejo-a a voar para mim, sinto o seu cheiro de berço novo, acolho-a na minha pele! À minha volta o fim do mundo parece real, mas chovem-se-me os lábios numa gargalhada aos elementos e corro como um puto pra saltar na poça mais próxima.
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Quimeras
15.10.10
Pensei
hoje pensei (provavelmente já o pensaram antes, provavelmente imensos, provavelmente estou a plagiar, mas fodam-se os outros que hoje fui eu que pensei).
e pensei que:
é fodido que para que as coisas más acabem
o cosmos nos cobre alto
e as coisas boas também tenham que acabar.
Básico. e Vil.
e não pensei mais o dia inteiro.
mas aconteceram coisas boas. medo?
e pensei que:
é fodido que para que as coisas más acabem
o cosmos nos cobre alto
e as coisas boas também tenham que acabar.
Básico. e Vil.
e não pensei mais o dia inteiro.
mas aconteceram coisas boas. medo?
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Delírios,
Momento Pessoal
9.10.10
Breve Epifania da Tarde
Que dia glorioso, religioso!
A ser celebrado num feriado obrigatório em todo o Mundo dos Homens, que tudo pare para celebrar este dia, e que se celebre a liberdade na queda de uma chuva, uma só gota de chuva, e que uns dirão ser uma lágrima jorrada pelo que morreu e outros jurarão ver o sangue da luta, a outros será a visão do suor da jornada, e os ingénuos, os felizes, verão o predigoto do riso, chovendo aos milhões com o sol por trás, filtrando um Arco-Íris enquanto o Céu se desmancha em gargalhadas.
Glorious, Glorious Day.
A ser celebrado num feriado obrigatório em todo o Mundo dos Homens, que tudo pare para celebrar este dia, e que se celebre a liberdade na queda de uma chuva, uma só gota de chuva, e que uns dirão ser uma lágrima jorrada pelo que morreu e outros jurarão ver o sangue da luta, a outros será a visão do suor da jornada, e os ingénuos, os felizes, verão o predigoto do riso, chovendo aos milhões com o sol por trás, filtrando um Arco-Íris enquanto o Céu se desmancha em gargalhadas.
Glorious, Glorious Day.
7.10.10
Sothebys
"The Sothebys sale is the second large auction of fossils in less than six months, after Bonhams sold more than 400 dinosaur items in New York in May.
The Allosaurus - an older, smaller cousin of the Tyrannosaurus Rex - walked the earth 155 to 145 million years ago, and weighed up to three tonnes.
Found in Wyoming in the US, the 33-ft long skeleton is the most complete of its species, with 70% of its bones.
The massive fossil is estimated to sell for around 800,000 euros ($1.1m) - and it could go into a private collection. But who would buy a dinosaur with such a whopping price tag? "
I would!
Ninguém me quer ajudar a fazer uma vaquinha? Até pode ser para um Plesiosaurus de 320.000€ ou um Dorygnathus de 200.000€...
The Allosaurus - an older, smaller cousin of the Tyrannosaurus Rex - walked the earth 155 to 145 million years ago, and weighed up to three tonnes.
Found in Wyoming in the US, the 33-ft long skeleton is the most complete of its species, with 70% of its bones.
The massive fossil is estimated to sell for around 800,000 euros ($1.1m) - and it could go into a private collection. But who would buy a dinosaur with such a whopping price tag? "
I would!
Ninguém me quer ajudar a fazer uma vaquinha? Até pode ser para um Plesiosaurus de 320.000€ ou um Dorygnathus de 200.000€...
6.10.10
11.9.10
oh crap
Vida? A vida é esquisita. A minha é, pelo menos.
You would look a little better
Don't you know
If you just wore less make-up
But it's hard to realise
When you're sky high
Fighting off the spaceships
And so you're drinking in your room
To make it all go
It didn't end too soon
You've got the next one
You're holding on too long
You've got to let go
Your other love is gone
And you know
It's too late
It's too late
You've got another one coming
And it's going to be the same
I tried to find a quiet place that we could go
To help you make decisions
But I didn't find it easy to tell them apart
With double vision
And so you're drinking in your room
To make it all go
It didn't end too soon
You've got the next one
You're holding on too long
You've got to let go
Your other love is gone
And you know
It's not the same
It's not the same
It's not the same
You're going to tell me that I'm right
You're going to come back down
And find yourself
Where you are again
You didn't know
You didn't know
You didn't know
So don't pretend you saw it now
It's not something you'd want to happen
Now you know who you are again
Por isso vou-me deixando andar, ouço cantarolares de vidas desfeitas à medida que cantarolo a minha própria. E espero que as notas futuras sejam menos melodiosas, se isso significar que têm letras mais sentidas.
You would look a little better
Don't you know
If you just wore less make-up
But it's hard to realise
When you're sky high
Fighting off the spaceships
And so you're drinking in your room
To make it all go
It didn't end too soon
You've got the next one
You're holding on too long
You've got to let go
Your other love is gone
And you know
It's too late
It's too late
You've got another one coming
And it's going to be the same
I tried to find a quiet place that we could go
To help you make decisions
But I didn't find it easy to tell them apart
With double vision
And so you're drinking in your room
To make it all go
It didn't end too soon
You've got the next one
You're holding on too long
You've got to let go
Your other love is gone
And you know
It's not the same
It's not the same
It's not the same
You're going to tell me that I'm right
You're going to come back down
And find yourself
Where you are again
You didn't know
You didn't know
You didn't know
So don't pretend you saw it now
It's not something you'd want to happen
Now you know who you are again
Por isso vou-me deixando andar, ouço cantarolares de vidas desfeitas à medida que cantarolo a minha própria. E espero que as notas futuras sejam menos melodiosas, se isso significar que têm letras mais sentidas.
5.9.10
10.8.10
Arde
Ontem sonhei que ardias. Laranja ao relento de uma noite bela, típica; via os meus olhos reflectidos nas chamas e doía-me o sorriso de tão assumidamente mau.
Tenho de te confessar, ontem sonhei que te queimava. Como quem não quer a coisa, enquanto te acendia um cigarro, levo um isqueiro à tua fronte, simulação de desequilíbrio, e queimo-te. Foste ardendo por seres tão inflamável, ou por te querer tão ardido até à cinza, sei lá. Vi com prazer a tua pele tostar e estalar, vi-te derreter, vi-te derramado por aí, vi-te brilhante por todo tu teres sido substituído por novo-tu, mas na tua rápida recuperação ficaste ainda mais falso que antes, tanto que agora todos verão quem és de verdade. Vi com prazer que me vinguei: vinguei-me de teres tão vilmente estado em mim, de me teres inflamado como eu te inflamei a ti, de todo eu ser falsa pele por todo o meu dentro, porque onde outrora estiveram alojadas as minhas vísceras tu soltaste aranhas devoradoras de entranhas. Elas roeram-me, quer as entranhas, quer a alma, encheram-me de lã de insecto. Eu também sou pele nova de falso-eu, mal cicatrizado: mal cicatrizado em tudo, no coração, no cérebro; cicatrizado nos ossos e nos músculos, no estômago e no intestino, por todo o lado, até no sexo. Todo tu me cicatrizaste e tuas putas de tuas aranhas comedoras de mim, e brilham meus olhos cicatrizados e todas as outras cicatrizes do meu corpo enquanto tu ardes à nossa frente, todas brilham vendo-te arder. Tuas aranhas não controlaram a gula, e comeram minh'alma e consciência: consolaram-se, e dessas cicatrizes me orgulho: os octópodes morreram envenenados, e tu ardes em agonia, morrendo agora também. Rio para a Lua e ela ri de volta, maquiavélica como nunca foi.
Acordo
.
.
.
Afinal não ardeste, nem tão pouco morreste. Nem as tuas aranhas, que me continuam a comer. Ainda me prendem as entranhas e o espírito.
Espero que ardas rápido. Espero que te doa.
Tenho de te confessar, ontem sonhei que te queimava. Como quem não quer a coisa, enquanto te acendia um cigarro, levo um isqueiro à tua fronte, simulação de desequilíbrio, e queimo-te. Foste ardendo por seres tão inflamável, ou por te querer tão ardido até à cinza, sei lá. Vi com prazer a tua pele tostar e estalar, vi-te derreter, vi-te derramado por aí, vi-te brilhante por todo tu teres sido substituído por novo-tu, mas na tua rápida recuperação ficaste ainda mais falso que antes, tanto que agora todos verão quem és de verdade. Vi com prazer que me vinguei: vinguei-me de teres tão vilmente estado em mim, de me teres inflamado como eu te inflamei a ti, de todo eu ser falsa pele por todo o meu dentro, porque onde outrora estiveram alojadas as minhas vísceras tu soltaste aranhas devoradoras de entranhas. Elas roeram-me, quer as entranhas, quer a alma, encheram-me de lã de insecto. Eu também sou pele nova de falso-eu, mal cicatrizado: mal cicatrizado em tudo, no coração, no cérebro; cicatrizado nos ossos e nos músculos, no estômago e no intestino, por todo o lado, até no sexo. Todo tu me cicatrizaste e tuas putas de tuas aranhas comedoras de mim, e brilham meus olhos cicatrizados e todas as outras cicatrizes do meu corpo enquanto tu ardes à nossa frente, todas brilham vendo-te arder. Tuas aranhas não controlaram a gula, e comeram minh'alma e consciência: consolaram-se, e dessas cicatrizes me orgulho: os octópodes morreram envenenados, e tu ardes em agonia, morrendo agora também. Rio para a Lua e ela ri de volta, maquiavélica como nunca foi.
Acordo
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Afinal não ardeste, nem tão pouco morreste. Nem as tuas aranhas, que me continuam a comer. Ainda me prendem as entranhas e o espírito.
Espero que ardas rápido. Espero que te doa.
18-07-2010 dedicado sabem os deuses a quem
26.7.10
Feels Like Sharing
Venho por este meio comunicar que este jovem ja atingiu um Indice de Massa Corporal Normal. O seu computador perdeu a capacidade de escrever acentos em cima das letras, mas juro que nao comi as teclas deles. O proximo passo sera manter a normalidade da Massa Corporal durante uma semana. Depois, quiça, um mes inteiro!
I'm feelin' fat!
24.7.10
Take That!
Parece que o Tribunal Internacional de Justiça decidiu imitar este blogger aqui e considerar que a independência do Kosovo é legal. Hip hip hooray, mais uma vitória para os povos brutalmente reprimidos por tensões étnicas! Com o Kosovo legalmente independente já só faltam, bem...fica a lista da boa velha Wikipédia, à falta de outra.
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Bloggivismo,
Internacional,
os nórdicos têm sempre razão
19.7.10
Horóscopo da Semana
"O Carro marca uma conjuntura de progressos que, contudo, implicarão muito esforço. (...) No plano material, não fique de braços cruzados à espera que as coisas aconteçam."
Detesto quando me parece que o Horóscopo tem razão.
Detesto quando me parece que o Horóscopo tem razão.
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Detesto quando o Horóscopo tem razão,
Momento Pessoal,
Trabalho
6.7.10
Naughty
Há qualquer coisa que me atrai imenso neste mundo fresco de caras pintadas e espaços coloridos.
I can feeeeeeel it when two people become one
27.6.10
Stripgenerator.com
acho que é a minha obra prima! hoje dei por mim entre gincancas virtuais (bem sucedidas, btw!) a surfar a web e lembrar-me desta breve fase da minha persona artística, nos tempos em que um certo xicotodobom me mostrou esta cena...e claro, logo a seguir veio o maddogmoreira. Vamos todos voltar a fazer bd por favor! (e a quem ler isto, adira e faça tb :D )
7.6.10
Bloggivismo
O Activista dentro de mim - o "rebelde sem causa" que de vez em quando apadrinha uma - tem andado hiperactivo ultimamente. O que despoletou esta surge de activismo? Zion!
É sabido que Israel é um país casmurro, daqueles que faz o que bem lhe apetece porque o lobby judeu nos States é um factor a ter muito em conta à eleição de qualquer presidente. É sabido que tem das Forças Armadas mais avançadas do planeta, devido aquele hábito fixe de mandarem toda a gente com mais de 18 anos (por gente leia-se "Cidadão Israelita Não-Árabe") para a tropa durante 3 anos, misturado com o apoio dos já falados States, sempre gananciosos de votos. Esta hipermilitarização zionista levou-os a inúmeros conflitos com os vizinhos árabes, logo desde o 1º dia de independência, e desde aí que Israel se esforçou tanto pela paz que a lista de tópicos da Wikipedia para " Arab-Israeli conflict" é dos maiores que já vi. E eu sou um Wikifan.
É sabido que Israel é um país casmurro, daqueles que faz o que bem lhe apetece porque o lobby judeu nos States é um factor a ter muito em conta à eleição de qualquer presidente. É sabido que tem das Forças Armadas mais avançadas do planeta, devido aquele hábito fixe de mandarem toda a gente com mais de 18 anos (por gente leia-se "Cidadão Israelita Não-Árabe") para a tropa durante 3 anos, misturado com o apoio dos já falados States, sempre gananciosos de votos. Esta hipermilitarização zionista levou-os a inúmeros conflitos com os vizinhos árabes, logo desde o 1º dia de independência, e desde aí que Israel se esforçou tanto pela paz que a lista de tópicos da Wikipedia para " Arab-Israeli conflict" é dos maiores que já vi. E eu sou um Wikifan.
Entre diários do Mundial e PECs, é inevitável ouvir, ver ou ler nas notícias sobre a última novidade nas tácticas de guerra israelitas. Pelo menos nove activistas morreram a bordo do Mavi Marmara quando os israelitas se defenderam da frota humanitária a que a embarcação pertencia, e que carregava para Gaza materiais médicos e de construção. Dado que apenas um dos mortos não era turco (tinha nacionalidade americana, mas ascendência turca), foi da Turquia que surgiram os maiores protestos, que se espalharam sem dificuldade por todo o mundo Árabe, para quem cada calinada diplomática israelita serve apenas de desculpa para alimentar um pouco mais o anti-semitismo que propagandeiam.
Uma coisa que me chamou a atenção no Público de um destes dias foi a coragem daquela que é a primeira mulher árabe israelita eleita para o Knesset (o equivalente israelita à Assembleia da República) ia a bordo do Mavi Marmara. Dois dias depois da abordagem à frota humanitária, Haneen Zoubi dirigiu-se ao Knesset exigindo que o governo fizesse uma investigação exaustiva ao ataque, já que os soldados tinham ordens para confiscar todo o material dos jornalistas que se encontravam a bordo, e perguntando por que se opunha tanto o governo de Israel a uma investigação imparcial internacional. Vai mais longe, dizendo que "Era claro pelo número de soldados que abordaram o barco que o objectivo era não só parar a frota, mas também causar o maior número de mortes para dissuadir iniciativas semelhantes no futuro.". Claro que no Knesset não foi bem recebida. Mas isto, digo eu, passa os limites de um estado democrático:
Ya, a senhora é uma traidora, a senhora é uma terrorista e a senhora tem uma faca (esta última acusação acho deliciosa, pelo amor da santa!). Chocante mesmo é haver um grupo no facebook advogando a execução de Haneen Zoubi. No Knesset houve quem quisesse tirar-lhe a nacionalidade israelita e julgá-la por traição. No meio disto tudo, uma multa, prisão domiciliária durante uns dias e mês e meio sem poder sair do país parece pouco. Mas, mesmo assim, a MK Zoubi não deixa de dar um banho a Israel. É que mesmo assumindo a versão israelita da história (frota terrorista, ia a Gaza para fornecer material que ia ser usado para fabricar armas, os soldados foram parar a armada e foram terrivelmente atacados pelos bárbaros humanitários, e curiosamente não morreu um único soldado mas vá-se lá saber porquê morreram dez activistas, e vá-se lá saber porquê há imagens da violência contra os soldados mas nenhuma da violência contra os activistas)(eu não compro esta versão, acho que se percebe pelo sarcasmo), ao não permitirem uma investigação imparcial os israelitas estão automaticamente a colocar-se numa posição de inferioridade em que é completamente legítimo assumir que estão a fugir ao que tal investigação pudesse descobrir. Além disso (digo eu), é um tiro no pé diplomático. Obama é um presidente mais consciente, apesar de ter de lidar com um derrame que lhe dá algum espaço de manobra para se desmarcar. Mas, mesmo assim, a UE está aqui ao pé, e alguns dos barcos da frota tinham bandeira europeia (nomeadamente dois gregos, um dos quais acabou por voltar para trás creio, por problemas técnicos, e um barco operado pelo braço irlandês do Free Gaza Movement), fora uma quantidade de cidadãos da União, nomeadamente suecos, britânicos, irlandeses e alemães (deputados alemães, portanto no big deal). Uma afronta a tamanho mix-UE esfria necessariamente as relações com os 27, o drama humanitário tem repercussões nalguns países (não por cá, é um facto, que a nós passa-nos tudo ao lado, mas lá no Norte andava tudo a manifestar-se), e o grandioso tiro no pé é que as vítimas mortais são todas turcas, o que significa que a Turquia, grande lambe-botas-de-Bruxelas que também tem a sua dose de abusos humanitários, tem aqui uma oportunidade de andar em terreno comum com a União, aproximando-se um pouco mais, e afastando ainda mais Tel-Aviv, tudo isto enquanto ganha pontos no mundo Árabe, com o seu presidente Erdogan (que de vez em quando aparece nas manchetes internacionais, ora porque prometeu re-permitir a burqa, ora porque afinal não dá, ora porque está a bater em Curdos, ora porque está a fazer uma moeda esteticamente igual ao euro) a ponderar cortar todos os laços com Israel, e avisando-os em turco, inglês e hebreu, para não deixar dúvidas: "I'll say [it] again. I say in English 'you shall not kill'. Did you still not understand? So I'll say to you in your own language. I say in Hebrew 'Lo Tirtzakh' ".
Por toda a Europa multiplicam-se reacções: na Noruega, uma sondagem aponta que 43% da população apoia ou já está a praticar um boicote total a Israel; os Suecos já cancelaram um jogo de qualificação para o mundial sub-21, e a União de Trabalhadores Navais impôs um boicote às embarcações israelitas; no Reino Unido os manifestantes bloquearam a Whitehall ao protestarem em frente à Downing Street; por toda a Irlanda surgiram manifestações populares contestando o ataque, culminando no bloqueio da embaixada israelita em Dublin, que fechou as portas durante um dia. Até em Israel se protestou contra o ataque. Entretanto, os Klaxons (ainda bem que gosto deles!), os Gorillaz e os Pixies cancelaram as suas actuações num festival em Tel-Aviv como resposta à abordagem da frota humanitária. [Isto tudo e muito mais está na Wikipédia, confirmado com um bocadinho de pesquisa extra]
Agora, esperam-se desenvolvimentos. O que este bloggivista extremamente amador gostaria de ver era os israelitas humilhados, que estão a precisar. Acima de tudo, que não repitam. Gostaria que a Haneen Zoubi fosse revogada a pena, e que os israelitas deixassem de ser o inimigo número um do povo judeu (é, já não os vejo como sinónimos). E, por favor, que não matem mais activistas. Yup, sou naif, não vai acontecer.
Desde já gostaria de expressar os meus pêsames pelas vítimas do Mari Marmara e solidariedade para com todos os tripulantes da Frota de Gaza, em particular para com Haneen Zoubi.
Uma coisa que me chamou a atenção no Público de um destes dias foi a coragem daquela que é a primeira mulher árabe israelita eleita para o Knesset (o equivalente israelita à Assembleia da República) ia a bordo do Mavi Marmara. Dois dias depois da abordagem à frota humanitária, Haneen Zoubi dirigiu-se ao Knesset exigindo que o governo fizesse uma investigação exaustiva ao ataque, já que os soldados tinham ordens para confiscar todo o material dos jornalistas que se encontravam a bordo, e perguntando por que se opunha tanto o governo de Israel a uma investigação imparcial internacional. Vai mais longe, dizendo que "Era claro pelo número de soldados que abordaram o barco que o objectivo era não só parar a frota, mas também causar o maior número de mortes para dissuadir iniciativas semelhantes no futuro.". Claro que no Knesset não foi bem recebida. Mas isto, digo eu, passa os limites de um estado democrático:
Ya, a senhora é uma traidora, a senhora é uma terrorista e a senhora tem uma faca (esta última acusação acho deliciosa, pelo amor da santa!). Chocante mesmo é haver um grupo no facebook advogando a execução de Haneen Zoubi. No Knesset houve quem quisesse tirar-lhe a nacionalidade israelita e julgá-la por traição. No meio disto tudo, uma multa, prisão domiciliária durante uns dias e mês e meio sem poder sair do país parece pouco. Mas, mesmo assim, a MK Zoubi não deixa de dar um banho a Israel. É que mesmo assumindo a versão israelita da história (frota terrorista, ia a Gaza para fornecer material que ia ser usado para fabricar armas, os soldados foram parar a armada e foram terrivelmente atacados pelos bárbaros humanitários, e curiosamente não morreu um único soldado mas vá-se lá saber porquê morreram dez activistas, e vá-se lá saber porquê há imagens da violência contra os soldados mas nenhuma da violência contra os activistas)(eu não compro esta versão, acho que se percebe pelo sarcasmo), ao não permitirem uma investigação imparcial os israelitas estão automaticamente a colocar-se numa posição de inferioridade em que é completamente legítimo assumir que estão a fugir ao que tal investigação pudesse descobrir. Além disso (digo eu), é um tiro no pé diplomático. Obama é um presidente mais consciente, apesar de ter de lidar com um derrame que lhe dá algum espaço de manobra para se desmarcar. Mas, mesmo assim, a UE está aqui ao pé, e alguns dos barcos da frota tinham bandeira europeia (nomeadamente dois gregos, um dos quais acabou por voltar para trás creio, por problemas técnicos, e um barco operado pelo braço irlandês do Free Gaza Movement), fora uma quantidade de cidadãos da União, nomeadamente suecos, britânicos, irlandeses e alemães (deputados alemães, portanto no big deal). Uma afronta a tamanho mix-UE esfria necessariamente as relações com os 27, o drama humanitário tem repercussões nalguns países (não por cá, é um facto, que a nós passa-nos tudo ao lado, mas lá no Norte andava tudo a manifestar-se), e o grandioso tiro no pé é que as vítimas mortais são todas turcas, o que significa que a Turquia, grande lambe-botas-de-Bruxelas que também tem a sua dose de abusos humanitários, tem aqui uma oportunidade de andar em terreno comum com a União, aproximando-se um pouco mais, e afastando ainda mais Tel-Aviv, tudo isto enquanto ganha pontos no mundo Árabe, com o seu presidente Erdogan (que de vez em quando aparece nas manchetes internacionais, ora porque prometeu re-permitir a burqa, ora porque afinal não dá, ora porque está a bater em Curdos, ora porque está a fazer uma moeda esteticamente igual ao euro) a ponderar cortar todos os laços com Israel, e avisando-os em turco, inglês e hebreu, para não deixar dúvidas: "I'll say [it] again. I say in English 'you shall not kill'. Did you still not understand? So I'll say to you in your own language. I say in Hebrew 'Lo Tirtzakh' ".
Por toda a Europa multiplicam-se reacções: na Noruega, uma sondagem aponta que 43% da população apoia ou já está a praticar um boicote total a Israel; os Suecos já cancelaram um jogo de qualificação para o mundial sub-21, e a União de Trabalhadores Navais impôs um boicote às embarcações israelitas; no Reino Unido os manifestantes bloquearam a Whitehall ao protestarem em frente à Downing Street; por toda a Irlanda surgiram manifestações populares contestando o ataque, culminando no bloqueio da embaixada israelita em Dublin, que fechou as portas durante um dia. Até em Israel se protestou contra o ataque. Entretanto, os Klaxons (ainda bem que gosto deles!), os Gorillaz e os Pixies cancelaram as suas actuações num festival em Tel-Aviv como resposta à abordagem da frota humanitária. [Isto tudo e muito mais está na Wikipédia, confirmado com um bocadinho de pesquisa extra]
Agora, esperam-se desenvolvimentos. O que este bloggivista extremamente amador gostaria de ver era os israelitas humilhados, que estão a precisar. Acima de tudo, que não repitam. Gostaria que a Haneen Zoubi fosse revogada a pena, e que os israelitas deixassem de ser o inimigo número um do povo judeu (é, já não os vejo como sinónimos). E, por favor, que não matem mais activistas. Yup, sou naif, não vai acontecer.
Desde já gostaria de expressar os meus pêsames pelas vítimas do Mari Marmara e solidariedade para com todos os tripulantes da Frota de Gaza, em particular para com Haneen Zoubi.
26.5.10
O Sonho do Cabeceta
isto acaba de sair de uma noite de estudo imensamente disperso. ainda não decidi se lhe vou dar futuro ou fim
25-05-2010
Ah, homem, nó cego de cristal com medo de se riscar.
Ah, estátua de marfim com medo de se rasgar.
Ah, vinho de Midas com medo de evaporar.
Ah, medo, perdão, homem...
Um cavaleiro sem cabeça cavalga um cavalo sem patas. Ninguém, repito, ninguém vive sem cabeça. Quanto a cavalos não sei, este cavalga sem patas.
Mas a Morte não passou pelo cavaleiro sem cabeça; na verdade, evita-o a todo o custo nas suas viagens rotineiras, evita cruzar-se com ele, evita a sua visão longínqua e o seu odor a viscoso. Quanto ao cavaleiro, esse, está riscado, nos bordos do pescoço pálido de marfim, rasgados por alguns centos de fábulas; notam-se crostas de sangue nojento e coagulado onde se acumularam poeiras dos séculos passados num nomadismo em nada boémio. Por dentro, salta à vista o cheiro nauseabundo da carne esverdeada do seu pescoço muscularmente decepado. A sua montada estropiada mostra uma pelagem salpicada por manchas, minto, crostas de sangue e imundície vertidas pelo tão querido e literalmente desmiolado amo.
Ah, mas que faz este cabeceta riscando as páginas deste caderno?
Habita meus pesadelos colado a mim, em meus sonhos fazendo-se notar apenas ao longe. O sem-cabeça, sem a qual não se pode viver, garantiram-me!, continua a aparecer onde antes eu via uma casa, onde estava um limoeiro, onde em tempos esteve um amigo. Surte nos figurantes do meu subconsciente um pânico irreal, induzindo-lhes instantaneamente a queda maçãnica da gravidade, um tombo que os verte nos degraus superiores da existência. Isola-me, sem cenários nem iluminações no único local onde não sei entrar nem sair, evapora qualquer guião, e empurra-me para o chão. O sem-cabeça e seu potro amareloso atropelam-me, pisoteiam-me, cospem-me e babam-me e despenteiam-me. Dá cabo de mim, que grande desafio que esse é. Faz-me chorar sonhos arquivados de quando os coleccionava como cromos. Vai cantando, como não sei. Cânticos de um guerreiro sem rumo e sem preço, um tão longo que se esfumou e outro tão elevado quanto uma cabeça o pode ser. Brinca ao berlinde como o miúdo que é, miúdo em tamanho grande, berlindes em tamanho grande. Berlindes? Cabeças. De inimigos quedos, vítimas inocentes, eu sei lá, e ele não deve saber também. Volta-se de lado mas sei que me olha. Reúno todas as forças do meu corpo, do meu sonho, para suster aquele olhar sem olhos, e não fujo, até porque não há cenário neste sono, ele atmosferizou tudo, e tudo caiou de preto, um preto tão preto que nem preto é: é morte, cor de morte. Mas a Morte não cavalga junto do cavalo tetraperneta. Não, não é morte este sonho. Este sonho é a sua ausência, sua negação. Ausência de sonho, tortura da mente. É a cor do fundo, do chão, do céu, das nuvens, se as houver. O cabeceta atira para mim um dos seus macabros berlindes, que apanho, ficando a fitar uma nuca no meu regaço. Viro-a. Acordo num grito seco. Não há olhos fitando os meus. Há um momento atrás havia, há um momento atrás fitava meu próprio esgar de decepado.
Ah, estátua de marfim com medo de se rasgar.
Ah, vinho de Midas com medo de evaporar.
Ah, medo, perdão, homem...
Um cavaleiro sem cabeça cavalga um cavalo sem patas. Ninguém, repito, ninguém vive sem cabeça. Quanto a cavalos não sei, este cavalga sem patas.
Mas a Morte não passou pelo cavaleiro sem cabeça; na verdade, evita-o a todo o custo nas suas viagens rotineiras, evita cruzar-se com ele, evita a sua visão longínqua e o seu odor a viscoso. Quanto ao cavaleiro, esse, está riscado, nos bordos do pescoço pálido de marfim, rasgados por alguns centos de fábulas; notam-se crostas de sangue nojento e coagulado onde se acumularam poeiras dos séculos passados num nomadismo em nada boémio. Por dentro, salta à vista o cheiro nauseabundo da carne esverdeada do seu pescoço muscularmente decepado. A sua montada estropiada mostra uma pelagem salpicada por manchas, minto, crostas de sangue e imundície vertidas pelo tão querido e literalmente desmiolado amo.
Ah, mas que faz este cabeceta riscando as páginas deste caderno?
Habita meus pesadelos colado a mim, em meus sonhos fazendo-se notar apenas ao longe. O sem-cabeça, sem a qual não se pode viver, garantiram-me!, continua a aparecer onde antes eu via uma casa, onde estava um limoeiro, onde em tempos esteve um amigo. Surte nos figurantes do meu subconsciente um pânico irreal, induzindo-lhes instantaneamente a queda maçãnica da gravidade, um tombo que os verte nos degraus superiores da existência. Isola-me, sem cenários nem iluminações no único local onde não sei entrar nem sair, evapora qualquer guião, e empurra-me para o chão. O sem-cabeça e seu potro amareloso atropelam-me, pisoteiam-me, cospem-me e babam-me e despenteiam-me. Dá cabo de mim, que grande desafio que esse é. Faz-me chorar sonhos arquivados de quando os coleccionava como cromos. Vai cantando, como não sei. Cânticos de um guerreiro sem rumo e sem preço, um tão longo que se esfumou e outro tão elevado quanto uma cabeça o pode ser. Brinca ao berlinde como o miúdo que é, miúdo em tamanho grande, berlindes em tamanho grande. Berlindes? Cabeças. De inimigos quedos, vítimas inocentes, eu sei lá, e ele não deve saber também. Volta-se de lado mas sei que me olha. Reúno todas as forças do meu corpo, do meu sonho, para suster aquele olhar sem olhos, e não fujo, até porque não há cenário neste sono, ele atmosferizou tudo, e tudo caiou de preto, um preto tão preto que nem preto é: é morte, cor de morte. Mas a Morte não cavalga junto do cavalo tetraperneta. Não, não é morte este sonho. Este sonho é a sua ausência, sua negação. Ausência de sonho, tortura da mente. É a cor do fundo, do chão, do céu, das nuvens, se as houver. O cabeceta atira para mim um dos seus macabros berlindes, que apanho, ficando a fitar uma nuca no meu regaço. Viro-a. Acordo num grito seco. Não há olhos fitando os meus. Há um momento atrás havia, há um momento atrás fitava meu próprio esgar de decepado.
25-05-2010
Etiquetas:
Delírios,
Escrita Livre,
Momento Pessoal,
Trabalho
17.5.10
15.5.10
Phoenix - If I Ever Feel Better
Que letra tão básica e perfeita!
No one knows the hard times I went through
If happiness came I miss the call
The stormy days ain't over
I've tried and lost know I think that I pay the cost
Now I've watched all my castles fall
They were made of dust, after all
Someday all this mess will make me laugh
I can't ewait, I can't wait, I can't wait...
4.5.10
I time every journey to bump into you, accidentally
I charm you and tell you of the boys I hate
All the girls I hate
All the words I hate
All the clothes I hate
How I'll never be anything I hate
You smile, mention something that you like
or How you'd have a happy life if you did the things you liiiiiiiiiiiike
Franz Ferdinand
I charm you and tell you of the boys I hate
All the girls I hate
All the words I hate
All the clothes I hate
How I'll never be anything I hate
You smile, mention something that you like
or How you'd have a happy life if you did the things you liiiiiiiiiiiike
Franz Ferdinand
30.4.10
10.3.10
27.2.10
ando a tentar manter-me ocupado, mas hoje deu-me a nostalgia musical.
Due to lack of interest
Tomorrow is cancelled
Let the clocks be reset
And the pendulums held
Cus there's nothing at all
Except the space in between
Finding out what you're called
And repeating your name
RUBY RUBY RUBY RUBY !
(acho que já escrevi isto antes)
Due to lack of interest
Tomorrow is cancelled
Let the clocks be reset
And the pendulums held
Cus there's nothing at all
Except the space in between
Finding out what you're called
And repeating your name
RUBY RUBY RUBY RUBY !
(acho que já escrevi isto antes)
2.2.10
Like drinking poisooooooooooooooooooooooooon
Like eating glass
hoje cantei no banho e soube mesmo bem
It makes a man outta me
It makes a man outta me
It makes a man outta me
It makes a man outta me
You take the fun outta me
You take the fun outta me
You take the fun outta me
You take the fun outta me
And I've been consistent to the fucking dream
And I've paid my dues just to get'em all back
Simple man, Simple desire
(I'm just a skeleton)
aaaah, bloc party...
Like eating glass
hoje cantei no banho e soube mesmo bem
It makes a man outta me
It makes a man outta me
It makes a man outta me
It makes a man outta me
You take the fun outta me
You take the fun outta me
You take the fun outta me
You take the fun outta me
And I've been consistent to the fucking dream
And I've paid my dues just to get'em all back
Simple man, Simple desire
(I'm just a skeleton)
aaaah, bloc party...
25.1.10
23.1.10
9.1.10
On the surface simplicity
Swirling back lilies totally ripe
But the darkest pit in me
It's pagan poetry
Swirling back lilies totally ripe
Pagan poetry
Björk - Pagan Poetry
Ando com saudades de pic-nics académicos, de me rir de tudo e todos, e de dormir com hirudoid na perna. Tudo faz tanto sentido quando tripartido...
Swirling back lilies totally ripe
But the darkest pit in me
It's pagan poetry
Swirling back lilies totally ripe
Pagan poetry
Björk - Pagan Poetry
Ando com saudades de pic-nics académicos, de me rir de tudo e todos, e de dormir com hirudoid na perna. Tudo faz tanto sentido quando tripartido...
Ontem foi um dia de vitórias, académicas, sociais, e desportivas[SCB 2-0 CDN, que orgulho de equipa!].
Portanto, Rita, lá estou eu no teu mundo. Agora explica-me o funcionamento disto!
Portanto, Rita, lá estou eu no teu mundo. Agora explica-me o funcionamento disto!
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