23.3.09

Pena


Ontem sonhei um poema
Uma pena esculpia-o mesmo à minha frente,
Era delicioso.

Mas acordei. E nesse momento lembrava-o. Depois perdi-o nalgum canto obscuro dentro de mim, arrumado entre idiotices.
Foi uma pena perdê-lo assim.

Num momento via-o, num momento fui aquele doce poema, esquecendo-o sem me aperceber.
No momento seguinte estava esquecendo-o criminosamente sem sequer o tentar lembrar.
No próximo momento, enquanto ele se esvaía, eu nem o segurava, nem continha a hemorragia.
Agora perdi-o.
Perdi-o, até ao próximo sonho inspirado.
Mas que pena.

19.3.09

[momento adverso à aprendizagem]