11.12.07

TIMON E PUMBA



O que é que queres que eu faça?
Que me vista para o baile e que dance o HULA?

LUAU!
Quem quiser comer boa carne venha cá!
Meu amigo Pumba é a melhor carne que há!
Você vai gostar!
Vai-se empanturrar e não há nenhuma conta para pagar!
Quer um pouquinho?
Quer! Quer! Quer!
... De toucinho?
Quer! Quer! Quer!
Ele é um porco!
Sou! Sou!
E você pode ser também! UH

10.12.07

"O homem, como bom símio, é um animal social e imperam nele o amiguismo, o nepotismo, a trapaça e a mexeriquice como norma intrínseca de conduta ética. É pura biologia." - Fermín Romero de Torres


Pareceu-me estranhamente adequado, então o complementozinho da Biologia, essa COFCOF maravilhosa disciplina.

26.11.07

Manifesto Pró-Evolucionista

Destesto constantes. Estaticismo não, por favor. Variemos, mexamo-nos, parar NÃO. Aquele que não evolui, não muta, não varia, não é um bom exemplo. São as nossas variações, as nossas escolhas, mudanças, opções, que fazem de nós o que nós somos, quem nós somos, porque nós somos. Entaõ movimentemo-nos. Mexamo-nos. Optemos, excluamos, variemos.

Por favorzinho ?



Dedicado ao Mad Dog (:

4.11.07

Países Que Odeio - Sudão





O Presidente Omar al-Bashir declarou que não perimitirá qualquer missão de Paz da ONU no Sudão, denunciando-as como "forças coloniais".


As 597 tribos sudanesas dividem-se em dois grupos culturais distintos - os Africanos não-Árabes, e os Árabes, descendentes dos Nubios.
A discriminação étnica e o favorecimento crítico dos Árabes sobre os Africanos levou a ínumeros conflitos no país, sendo a crise actual no Darfur um exemplo extremo da barbárie das autoridades Sudanesas:

"Tension turned to violence in February 2003, when rebels got tired of the government unjustly favoring Arabs over Africans. In response, Arab gunmen on horses and camels - janjaweed -, backed by bombers and helicopter gunships, have razed hundreds of black African villages.

Many believe that Sudan’s Arab Islamist government in Khartoum began to manipulate the region’s ethnicity in the 1980s, pushing Arab tribes westward. Some have also accused the government of purposefully keeping the Darfur region undeveloped, impoverished, and generally ignored."


No Norte do Sudão residem os descendentes da primeira civilização do mundo: a Núbia. Vivem principalmente da agricultura na margem do Nilo, apesar de serem excluídos dos direitos políticos no país. A área é rica em achados arqueológicos, apesar da extrema pobreza e sub-desenvolvimento.
No entanto, o Sudão continua a criar barragens no Nilo, independentemente dos prejuízos quer à população, quer à história do Mundo:

Assuão - Mais de 150.000 Núbios e Sudaneses forçados a abandonar as suas casas, onde os seus antepassados se sentiam em casa desde há mais de 5.000 anos, mudando-se para locais a
mais de 900 km das suas casas; 45 aldeias desapareceram debaixo do Nilo a Sul de Assuão

Meroé - Ainda não completa, previa-se que entre 55 a 70 mil pessoas perdessem as suas casas, principalmente das tribos isoladas e auto-suficientes Manasir, Hamabad e Amri; a compensação oferecida pelo governo é uma fachada: terrenos arenosos e inférteis, indeminizações que não cobrem todas as perdas; os membros nómadas da tribo Manasir, dependentes da facção sedentária do seu povo para comerciar, vão perder o principal apoio económico com o desaparecimento destes.

Fartos da ignorância das autoridades Sudanesas, movimentos rebeldes Núbios organizam-se agora para sabotar as barragens do Nilo.


O Chade encontra-se em guerra com o Sudão por este apoiar rebeldes no Chade. Para além destes, o governo sudanês também apoia as Jihads Islâmicas no Egipto, Eritreia, Etiópia e Palestina, o Hamas, o Hezbollah e o Exército de Resistência do Senhor, no Uganda. O Sudão é também um dos poucos estados no mundo a reconhecer a soberania Marroquina sobre o Sahara Ocidental.




Em suma, o Sudão é um país odioso, já que atropela os direitos humanos com uma regularidade bastante superior ao que seria ideal.

3.11.07

CONTEMPLO

Contemplo. Implosão. Verde.
Calmaria, pantanal.
Vida sem rede. Livre.

Esgrimem-se ofensivas, esboçam-se estratégias, estrangulam-se pedaços.
Anémonas tentaculares esperam um banquete necrófago.

A pequena e terrível vingança decorre, mas o mal continua, a estupidez continua.

E a contemplação. Continua .

17.10.07

SIBLINGS

És uma lembrança turva. Uma ténue luz assassina. Um instante azul de brevidade. Falta-me sentir a tua falta, aqui e agora.

Choves em mim. Gostas de o fazer, de me molhar com as gotas mais gélidas, só para te prestar um pouco de atenção. És catedral, mesquita e pagode, és todo o impossível que não foste. Resto-te eu e, afinal, sinto a tua falta. Toquemos juntos aquele nosso piano.


12.10.07

EVOLUTION??


Sometimes I wonder if one has evolved at all throughout the years.

10.10.07

THE DANCE OF THE COSMOS SHOWS



THE STITCHES OF SPACE THAT SLOWLY COME AND



GO

2.10.07

Viajar ! Perder países !
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente !

Não pertencer nem a mim !
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E da ânsia de o conseguir !


Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.




Fernando Pessoa

29.9.07

FAMAGUSTA

FAMAGUSTA, CYPRUS


Famagusta Demokratias
"The contribution of Famagusta to the Cyprus' economic activity by 1974 far exceeded its proportional dimensions within the country (...) Whilst its population was only about 7% of the total of the country, Famagusta by 1974 accounted for over 10% of the total industrial employment and production of Cyprus (...) was characterized by a strong and balanced agricultural economy (...) which ensured a balanced population spread and economic activity (...) Painting, poetry, music and drama were finding expression in innumerable exhibitions, folk art festivals and plays enacted in the nearby-reconstructed ruins of the ancient Greek theatre of Salamis. The pursuit of human happiness in a free, just and democratic society was in 1974 the prime characteristic of Famagusta and its people..."






"The asphalt on the roads has cracked in the warm sun and along the sidewalks bushes are growing [...] Today, September 1977, the breakfast tables are still set, the laundry still hanging and the lamps still burning [...] Famagusta is a ghost-town."






"Thirty two years later. Famagusta, the city has survived the catastrophe, but stands empty today without its lawful citizens. It is a ghost town, home only to a growing number of reptiles and rapacious prey. Famagusta has become hostage to the ever changing climate, but most importantly, remains a pivotal playing card in the never ending political imbroglio of the island. Yet amidst the shell-shattered buildings, the wires and warnings, it still exudes a certain charm."



LET'S SAVE THE FREAKIN' WORLD, MAN !

28.9.07

Kings of Convenience

If you wanna be my friend
You want us to get along
Please do not expect me to
Wrap it up and keep it there

27.9.07

"The East means so many things

But it could be home, it could be home, it could be home, it could be home..."



17.9.07

Publicidade

As segundas, venho por causa dos frescos...

Tão triste que num mundo que se diz desenvolvido os consumidores aceitem certas publicidades sem boicotarem determinados produtos/estabelecimentos/etc.

Quando dois cães publicitam um anúncio publicitário de um shampô (para pessoas, note-se), como se explica que tanta gente compre o dito shampô, um shampô que está nitidamente a dizer na sua publicidade "comprem-me, vão ter um cabelo tão bom como um CÃO". E eu nem tenho nada contra cães, pelo contrário. E sei por experiência própria com umas dezenas de cães que o pêlo deles não é assim tão apetecível.


Ainda mais triste é pensar que o comentado anúncio de shampô não é o pior que anda por aí. Nem perto.

A sequência de publicidades que infectam a programação nacional (e, diga-se em defesa de Portugal, internacional também) não tem limites. Para além do shampô dos cães e dos frescos, temos ainda os preços falantes; os medidores de relações no telemóvel - assim como as músicas, imagens, gajas, jogos entre outros acessórios para telemóveis -; os preços que não falam mas são bastante baixos; a cofidis, com gente vestida de animais a oferecer dinheiro a todos; mais preços mais baixos, sem esquecer os preços ainda mais baixos do próximo super/hipermercado; um pouco de novelas, também têm direito a publicidade afinal; talvez mais acessórios para o telemóvel, não queres aparecer em público sem que o teu toque seja o Crazy Frog salta do telemóvel e faz uma dança privada enquanto grita o nome de quem te está a ligar, e só por alguns euros; preços ainda mais baixos E em promoção; e claro, mais dinheiro oferecido; talvez pelo meio haja um pouco de seguros, alguns telemóveis publicitados, ainda sem toda a moderna tecnologia das imagens, gajas, jogos, medidores de relações, e Crazy Frogs dançantes e falantes.

Não escrevo mais, o meu alarme de telemóvel, um grito soante de um rinoceronte enfurecido na savana africana, acabou de me avisar que tenho de ir buscar os frescos que me esqueci de levar ontem. Daí que vá num instantinho ligar para a Cofidis, só para ver se levo algum dinheiro, até posso carregar o telemóvel, queria mesmo saber quem é que gosta de mim mesmo afinal, e quem melhor do que o 6987 para me dizer ??

16.9.07




"...tem princípios acima de interesses..."



Hail his holiness the Dalai Lama !

5.9.07

Darfur

"The United Nations estimates that the conflict has left as many as 450,000 dead from violence and disease ; Sudan's government claims that over 9,000 people have been killed .

As many as 2.5 million are thought to have been displaced as of October 2006 . "













"No, there are no murders in Africa. Only regrettable deaths. And from those deaths we derive the benefits of civilization, benefits we can afford so easily... because those lives were bought so cheaply."
The Constant Gardener

28.8.07

"No meu princípio está o meu fim. Em sucessão "



Abrigo-me de toda a calma
Rugem trovões de passividade lá fora
Mas aqui, neste meu aqui
Penso nos pomares que outrora me abrigaram e abrigo-me nestas memórias petrificadas
Recortes escuros esvoaçam no silêncio vegetal; Maçãs escorregam das suas casas num súbito desejo de adrenalina, partindo todos os ossos na queda; Sulcos crepitam, cheios de água, enquanto as rãs saúdam novos ciclos.


Volto a mim
Ao meu aqui
Lá fora, a tempestade ataca com nova vaga de calmaria
Sepultado no meu abrigo suplico
A todos os deuses E panteões E demónios E dragões
Que me abriguem

O meu sangue borbulha como mil explosões, infantil no seu terror
Fecho novamente os olhos, tentando trazer de volta os campos do outrora

Em vez disso, as pedras coradas pesam sobre mim. A luz toca as minhas mãos, afagando as pontas dos meus dedos.

Levanto-me

Reina o silêncio do caos.

"A aurora aponta, e outro dia se dispõe ao calor e ao silêncio. Para lá do mar o vento do amanhecer enrola-se e desliza. Eu estou aqui, ou ali, ou noutra parte. No meu princípio. "



Made in Barcelona


Photo by Mines Oliveira

2.8.07

"Of course it is happening inside your head, but why on earth should that mean that it is not real?"

11.7.07

Breve e Atrasado Comentáriozinho sobre as Novas Maravilhas do Mundo


1º - Portugal voltou a provar que tem potencial, ao estar á altura num acontecimento pelo menos um pouco importante. Só é pena que só sejamos bons nestas coisas internacionais, tipo Expo98 e Euro2004 e New7Wonders. Se calhar é por terem números no nome. Devíamos passar a ter eventos diferentes a nível nacional, tipo Referendo2Aborto07, fica muito mais catchy.

2º - O Cristo Rei não é uma maravilha. De forma alguma. A não ser que seja o de Almada. Esse sim, é maravilhoso. Se houvesse Internet no Mali, ou no Cambodja...

27.6.07


"Quando me sentarei ao sol
Despido
Líquen vivendo


Da inclinação dos ramos?"

Daniel Faria



TALVEZ

Talvez seja eu. Talvez não. Decisões são algo cada vez mais difícil de tomar, cada vez mais propensas a evasões por quem as deveria tomar. Talvez seja uma das razões da decadência da sociedade actual. Ou talvez uma consequência. Ou talvez ambas.

O facto é triste - cada vez mais tomamos menos decisões, e quando as tomamos favorecem os NOSSOS (exclusivamente) interesses - talvez devêssemos ter evoluído de forma a passar a pensar globalmente, já que agora fazemos tudo globalmente.

Se em tempos caçávamos para a pequena comunidade de que fazíamos parte [também pensando, claro, na nossa subsistência individual] , evoluindo até ir para a guerra pela glória do país a que pertencíamos [também pensando na glória, ou saque, ou no "bem" que estaríamos a fazer como indivíduo], talvez agora as nossas decisões se devessem basear mais na noção de globalidade que deveríamos ter. Não estou a dizer que devemos negligenciar os interesses particulares e subjectivos para dar lugar a uma geração de pessoas que vivem para agradar aos outros. Considero tal visão completamente suicida. Mas, no entanto, acho que devíamos ter mais em consideração o impacto das nossas [cada vez menos] decisões na vida dos outros.

Por exemplo, um médico, ao ser confrontado com a hipótese de trabalhar nalgum remoto país assolado por guerras civis, deverá por em primeiro lugar o imapcto que a sua vida AÍ nas populações locais, do que o impacto que se faria sentir no AQUI, com saudades por parte da família ou amigos, e talvez algumas mudanças de rotina para estes, e um possível abandono de uma maneira de viver.

Mas talvez estes sejam apenas casos raros. Talvez esta capacidade de pôr as necessidades do MUNDO à frente das nossas seja de tal forma rara [e apreciada], que os que a têm são especiais, e como tal revestem-se de um brilhinho de heróis. E enquanto esta vivência heróica for reconhecida como uma raridade, vamos continuar sem tomar decisões, esperando que eles resolvam todos os problemas e questionínculas. Enquanto não percebermos que também conseguimos ser heróis, que também conseguimos brilhar, olharemos para uma maioria absolutamente ataráxica, e como massa acrítica que nos tornámos, cruzaremos os braços. Ou então, mudamos um pouco, e viramos heróis.

Só é preciso tomar uma decisão. . .