28.8.07

"No meu princípio está o meu fim. Em sucessão "



Abrigo-me de toda a calma
Rugem trovões de passividade lá fora
Mas aqui, neste meu aqui
Penso nos pomares que outrora me abrigaram e abrigo-me nestas memórias petrificadas
Recortes escuros esvoaçam no silêncio vegetal; Maçãs escorregam das suas casas num súbito desejo de adrenalina, partindo todos os ossos na queda; Sulcos crepitam, cheios de água, enquanto as rãs saúdam novos ciclos.


Volto a mim
Ao meu aqui
Lá fora, a tempestade ataca com nova vaga de calmaria
Sepultado no meu abrigo suplico
A todos os deuses E panteões E demónios E dragões
Que me abriguem

O meu sangue borbulha como mil explosões, infantil no seu terror
Fecho novamente os olhos, tentando trazer de volta os campos do outrora

Em vez disso, as pedras coradas pesam sobre mim. A luz toca as minhas mãos, afagando as pontas dos meus dedos.

Levanto-me

Reina o silêncio do caos.

"A aurora aponta, e outro dia se dispõe ao calor e ao silêncio. Para lá do mar o vento do amanhecer enrola-se e desliza. Eu estou aqui, ou ali, ou noutra parte. No meu princípio. "



Made in Barcelona


Photo by Mines Oliveira

2 comentários:

Diana Correia de Sá disse...

parabens hoje e o teu dia bolo e laranjada muitos doces para ti hoje +e o teu aniversario!

ja sabes q eu gosto de tudo q vem de ti e tudo o q fazes (sim, incluindo o nosso filhote!) LOL

Anónimo disse...

eu vi o fidos a escrever o texto E tirei a foto =D QUE HONRA!

já sabes o que penso do que escreveste fidolas...bjo*